quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

G12 O FRUTO DO ENGANO!

G12 O FRUTO DO ENGANO!

Que a Graça e a Paz que somente Jesus pode dar, estejam convosco agora e sempre! Em primeiro lugar, gostaria de registrar aqui que amo aos irmãos da minha igreja. E se tomei a iniciativa de escrever este trabalho, foi movido por uma grande preocupação com os rumos que a Igreja como um todo tem tomado. Tenho visto nos últimos meses, irmãos valiosos e queridos se afastando da igreja. Alguns foram para outras igrejas Cristãs, mas alguns, simplesmente sumiram. Não é possível permanecer calado vendo a Palavra de Deus sendo ignorada, deturpada ou simplesmente deixada de lado. Vamos, em nome de Jesus, e da preservação de nossa fé na sã doutrina, buscar confirmação de tudo pela Palavra, como bons bereanos: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” Atos 17:11 Antes eu conhecia o G12 de ouvir falar, mas após quase dois anos conhecendo-o pessoalmente, e também após ter lido o livro de Castellanos “Sonha e ganharás o mundo”, espécie de cartilha do movimento, aceita como verdade de Deus pelos gedozistas, senti aumentar a urgência em elaborar um estudo mais profundo sobre o que vem acontecendo nas igrejas que abraçaram a “visão”. MOVIMENTOS CLONE:A “visão” em questão assumiu várias formas e nomenclaturas, principalmente desde o final de março de 2005, quando Castellanos revelou aos seus seguidores, que a partir daquele momento ia querer receber um determinado valor das igrejas que usassem a marca G12. Por isto é comum hoje encontrarmos igrejas que não mais usam o termo “G12”, mas continuam aplicando os mesmos ensinamentos, ou melhor, distorções doutrinárias aprendidas enquanto seguiam Castellanos. Portanto, caso ouçam falar em “Movimento dos 12”, “M-12”, “Visão Celular”, “Igreja em Células”, ou algo parecido, certamente estarão diante dos mesmos ensinamentos originais do G12 com uma nova roupagem para que não seja necessário pagar nenhum royaltie ao “profeta” original César Castellanos. É bem verdade que nem todas as igrejas adotaram a visão do G12 na íntegra, e por isto podem não apresentar todas as características aqui abordadas, mas como os métodos do G12 seguem muitas vezes caminhos perigosos, procurei mostrar os pontos críticos do movimento à luz da Palavra. Ressalto que não pretendo esgotar o assunto, mas sim lançar luz sobre um tema que tem sido motivo de muita dúvida no meio Cristão. Também ressalto que não possuo formação teológica, e por isto me preocupei em fazer uma ampla pesquisa na Bíblia em suas várias versões, diversos livros, sites, dicionários e enciclopédia teológica, além de pedir a irmãos valorosos, formados em teologia que analisassem este trabalho. Por isto, caso algum irmão, perceba algum erro neste estudo, afinal estamos todos sujeitos a errar, entre em contato para que eu providencie a devida correção pelo e-mail apologetica.perguntas@hotmail.com muitas mensagens e pedidos de oração do Brasil e de muitos países do mundo. Tais mensagens são redigidas por pessoas das mais variadas denominações, sendo um grande número delas de não cristãos, que graças ao Senhor tem encontrado mensagens edificantes e muitas delas se converteram ao Senhor devido a isto. Bem, mas nem tudo são flores, pois recebemos numa proporção muito maior, reclamações e pedidos desesperados de orações, de crentes que tem se sentido totalmente incomodados em suas igrejas desde que elas aderiram a “visão” gedozista de Castellanos. São muitas as reclamações, e praticamente todas refletem um comportamento muito semelhante da liderança destas igrejas. Ao que parece os gedozistas tem seguido a risca sua cartilha, e pode-se notar nas muitas igrejas que de fato abraçaram a “visão” colombiana, um clima de competição entre os líderes, cada qual querendo galgar o posto mais alto na pirâmide do G12. A vaidade continua sendo um dos pecados que mais facilmente derruba os cristãos, e no G12 não é diferente. Todo líder sente-se cobrado, querendo ou não, amando a “visão” ou não, o fato é que a cobrança existe para todos, mas aqueles que conseguem o maior número de membros em suas células são exaltados diante dos outros líderes e diante de toda a igreja. Tentam dizer que os métodos foram adaptados a cada igreja, mas é fácil comprovar, visitando-se os sites destas igrejas a inquestionável semelhança tanto no linguajar como nas apostilas usadas. Um fato triste na relação entre líder e discípulo no gedozismo, tem sido a intromissão dos líderes na vida do seu discípulo, usando informações pessoais como forma de pressão na busca pela santificação forçada, e para isto têm feito com que as pessoas confessem seus pecados aos líderes de forma verbal ou ainda usando pequenos cadernos ou devocionais como eles gostam de chamar, onde na verdade as pessoas acabam por revelar seus pecados a líderes de células que sem nenhum conhecimento ou formação teológica se põem a aconselhar ou melhor a pressionar seus liderados usando conhecimentos íntimos a ele confiados. O aconselhamento cristão é uma prática onde se pressupõe a figura de um aconselhador preparado e conhecedor da Palavra para que oriente de forma bíblica seu aconselhado. Veja o que Gary R Collins comenta a respeito do aconselhamento: Assim como os profissionais leigos, os cristãos (aconselhadores) procuram ajudar os aconselhandos a alterarem seus comportamentos, atitudes, valores e/ou percepções. Tentamos ensinar habilidades (inclusive habilidades sociais), encorajar o reconhecimento e a expressão das emoções, dar apoio em momentos de necessidade, incutir senso de responsabilidade, orientar a tomada de decisão, ajudar a mobilizar recursos internos e externos em períodos de crise, ensinar técnicas de resolução de problemas e aumentar a competência e o senso de "auto-realização" do aconselhando. Entretanto, o conselheiro cristão vai mais longe. Ele procura estimular o crescimento espiritual do aconselhando e encorajar a confissão dos pecados para recebimento do perdão divino. Além disso, ajuda a moldar padrões, atitudes, valores e estilo de vida cristãos, apresenta a mensagem do evangelho, encoraja o aconselhando a entregar sua vida a Jesus Cristo e estimula-­o a desenvolver valores e padrões de conduta baseados nos ensinos da Bíblia, em vez de viver de acordo com as regras relativistas do humanismo. Alguns criticam essa atitude, dizendo que isso é "misturar religião com aconselhamento". Entretanto, ignorar questões teológicas é adotar as bases da religião do naturalismo humanista, sufocar nossa própria fé e dividir nossa vida em dois segmentos: um santo e outro profano. Nenhum conselheiro que se preze, seja ele cristão ou não, tenta impor suas crenças aos aconselhandos. Temos a obrigação de tratar as pessoas com respeito, dando-lhes total liberdade de tomar suas próprias decisões. Porém, um conselheiro honesto e autêntico não sufoca suas crenças, nem finge ser algo que não é. (Gary R. Collins, ACONSELHAMENTO CRISTÃO Ed. Século 21, pg. 18, Ed. Vida Nova) Os crentes que tem ouvido o Espírito Santo, tem se sentido incomodados com atitudes da liderança das igrejas gedozistas, onde tem sido sistematicamente forçados a participarem dos tais “Encontros” e de se tornarem lideres de células, pois todos devem ser lideres na doutrina gedozista. E o objetivo obsessivo de multiplicação das células tem feito com que “células” que não conseguem se multiplicar a ter seus líderes afastados para a nomeação de outra pessoa mais produtiva como líder. Não importa se os freqüentadores da célula e seu líder estejam sendo edificados paulatinamente, pois importa apenas multiplicar e multiplicar, e para tanto o foco quase que completo do movimento é no evangelismo. Não um evangelismo onde o Espírito Santo toca a pessoa para que ela se converta, mas um evangelismo “por atacado” onde um não-cristão é levado à frente do pastor durante o apelo, que ocorre a todo culto, reunião ou evento, num momento em que a emoção é maior que a razão, e de convencimento, a pessoa é levada a aceitar Jesus. Esse ímpeto evangelístico é produtivo desde que haja um investimento no amadurecimento do recém convertido. Uma igreja centrada em somente evangelismo ou somente em estudo da palavra, ou somente em oração, ou somente em curas, na verdade é uma igreja sem equilíbrio. Tal equilíbrio é demonstrado na Bíblia pela igreja primitiva, onde a igreja se REUNIA para aprender e amadurecer na Palavra, e se ESPALHAVA para evangelizar, orando pelos oprimidos e curando pelo nome de Jesus. Portanto, concluímos que uma igreja reunida deve ansiar por alimento sólido como Paulo demonstrou amplamente em suas cartas. (Hb 5:12-14) Já no G12 esse processo de amadurecimento resume-se a freqüentar uma célula e logo em seguida fazer o curso de líderes. Este sistema tem feito com que pessoas se tornem líderes de células muito prematuramente, agindo como conselheiros da Palavra de Deus sem um amadurecimento na fé, o qual convenhamos, é praticamente impossível de ocorrer a curto prazo. Vejamos o exemplo de Timóteo, que passou por um período longo de aprendizado até se tornar um pregador da Palavra de Deus: “Paulo conheceu Timóteo no começo de sua segunda viagem missionária, conforme narrado em Atos 16.1: “Chegou também a Derbe e a Listra. Havia a ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego”. Naquela época (por volta de 50 AD) Timóteo já era um discípulo e uniu-se a Paulo e Silas na viagem. É de se presumir, portanto que ele já era um jovem. A primeira epístola a Timóteo foi escrita, pelo menos 13 anos mais tarde, por volta de 63 AD, assim, nessa época Timóteo já teria pelo menos 33 anos. Não era tão jovem assim.”(Igreja Metodista, http://www.metodistavalinhos.com.br/ em 16/10/2004) O “treinamento” dos líderes O líder tem como principal objetivo identificar, treinar e discipular outro líder de modo a atingir as metas em progressão geométrica da doutrina gedozista, que determina que uma célula quando atingir 12 pessoas, já deve ter identificado um outro líder em potencial, para que se dividindo num processo sem fim, alcance o total de 12 liderados. Aí então esses 12 liderados repetem o processo, buscando seus próprios 12 líderes, para então o primeiro da pirâmide atingir seus 144 lideres e assim sucessivamente, até alcançar seus 1728, 20736, etc. Mas como são preparados estes líderes? Recebendo um treinamento em cursos de seis meses onde aprendem métodos para conseguirem se tornar líderes de sucesso. Neste caso, sucesso é um líder que multiplica sua célula no menor espaço de tempo. Para isto o trabalho é árduo e a agenda torna-se cada vez mais carregada, relegando a planos inferiores o trabalho e principalmente a família. Expressões comuns neste meio, as “células infrutíferas” são sistematicamente devassadas de modo a identificar o motivo de não estar atingindo as metas multiplicativas. O próprio Castellanos assume em seu livro na página 84, que após sua experiência em manter um Instituto Bíblico na MCI, chegou a conclusão que este processo era muito lento, e que teve a revelação de criar a escola de lideres onde o discípulo aprende o essencial: doutrina básica (salvação) e sobre a “visão G12”. É muito triste vermos o que irmãos têm passado em suas congregações transformadas em empresas, e como tais, buscando obsessivamente melhores resultados traduzidos em quantidade de membros. Aliás, não podem ser chamados de membros, pois o G12 não tem membros, somente discípulos. Mudam-se nomes e rótulos, mas o fato é que doutrinas não bíblicas tem sido mescladas com ensinamentos bíblicos, transformando os cursos e cultos em verdadeiros campos minados, aonde a verdade vem entremeada de engano. Vemos então que o líder de “sucesso” dentro do G12 é aquele que consegue fazer crescer sua célula, mas na verdade o sucesso na vida Cristã é medido de outra forma, sendo diretamente proporcional a nossa fidelidade a Deus, sendo que o maior posto a ser atingido é o de servo. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.” 1Co 4:1-2 “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas aentre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Mc 10:43-45 Todos devem ser líderes de células O Corpo de Cristo é formado por uma grande diversidade de dons, e um conceito como este, onde todos são líderes é o mesmo que dizer que todos são “cabeças”, e aí então teríamos um monstro e não uma igreja. Por líder de célula, entende-se a pessoa que tem várias funções normalmente atribuídas a um pastor, ou seja, podemos dizer que o líder de célula é o pastor de seu mini-rebanho, visto que é o responsável pelo aconselhamento e até pela cobertura espiritual - conceito este estranho à Bíblia. É fato sabido, que uns nasceram para ser líderes e outros para serem liderados, mesmo porque se numa guerra todos forem generais, quem irá lutar de fato? Numa empresa alguns têm cargos de chefia, pois são capazes disto, ou seja, tem em maior ou menor grau facilidade em liderar grupos de pessoas. Já diversas pessoas desempenham funções brilhantes numa empresa e são de certa forma, insubstituíveis, mas não são chefes de ninguém, fato que não diminui seu valor em hipótese alguma. Aliás, pessoas assim são fundamentais numa empresa qualquer. A Bíblia fala a respeito dos dons em diversos livros, vejamos então o exemplo de 1Co 12, onde o capítulo inteiro deixa bem nítido que os dons são diversos e dados a nós para que desempenhemos funções diferentes na igreja para que o corpo de Cristo possa crescer. Cada função tem sua importância, no entanto o que vemos no G12 é a supervalorização dos líderes, constituindo uma espécie de nata da cristandade. Passa-se a impressão de que se você não é líder é um crente inferior e até inútil. Isto tudo é totalmente anti-bíblico. Cobertura espiritual Como disse acima o termo cobertura espiritual, não encontra respaldo na Bíblia. Na verdade a palavra cobertura aparece somente 4 vezes na Bíblia: · Gn 8:13 – Cobertura da arca · Nm 16:38 – Cobertura do altar · Nm 16:39 – Cobertura do altar · 1Re 7:3 – Cobertura da casa Portanto, onde a Bíblia se cala, ensina a boa teologia, não devemos inventar, pois o risco de desvios doutrinários é imenso quando baseado em teorias humanas. O que vemos é um abuso espiritual praticado pela liderança do G12 e seus movimentos clones, pois usam esse conceito de cobertura espiritual, para manter as pessoas cativas debaixo de seus ministérios, ensinando teorias que beiram a metafísica, onde as bênçãos ou a unção de líderes que ocupam posições superiores na pirâmide da visão fluem numa corrente que não pode ser interrompida desde o alto até o pé da pirâmide que são as pessoas que freqüentam alguma célula. Para os seguidores deste movimento a unção de um líder importante pode ser transferida em forma de proteção para os que se encontram debaixo dessa cobertura. E este raciocínio não-bíblico tem servido de trunfo aos gedozistas, que não tem escrúpulos em usar este argumento para evitar que alguém ouse se afastar da tal cobertura espiritual, usando ilustrações de pessoas que se afastaram e que passaram a ter problemas de saúde ou qualquer outro problema, para amedrontar qualquer um que esteja descontente ou que pretenda questionar a estrutura do movimento celular. A Palavra de Deus em Jo 16:33 nos ensina que neste mundo teríamos aflições, mas para termos ânimo em superá-las, pois Cristo venceu o mundo. Nós como cristãos também teremos problemas, pois o mundo jaz no maligno (1Jo 5:19), mas a forma como encaramos e superamos estes problemas mudou radicalmente desde o momento de nossa conversão onde tomamos posse da vitória de Cristo na cruz. Também não devemos esquecer que o Senhor é nosso Pastor, ou seja, todo aquele que crê em Jesus e sua obra na cruz, tem como pastor o próprio Senhor. Vemos na Palavra: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor.” João 10:14-16 Ainda sobre a cobertura espiritual, os pastores gedozistas, argumentam que no G12 a cobertura espiritual é uma necessidade crucial para o crente que é plenamente atendida somente no G12 (ver Movimentos Clones no início deste estudo), visto que a ovelha está “coberta” pelo seu líder de célula, que por sua vez está “coberto” pelo seu líder imediatamente acima, até chegar na cobertura do pastor da igreja, que por sua vez está “coberto” pelos seus líderes superiores (ligados a Castellanos, como René Terranova*, Valnice Milhomens, e outros), e estes estão também cobertos num sistema piramidal de cobertura espiritual que tem no topo de sua pirâmide o pastor César Castellanos. * René Terranova se desligou do G12 em final de março de 2005, quando rompeu com Castellanos adotando para si uma nova nomenclatura chamada Visão Celular (Movimento Celular, M12), que infelizmente apresenta a mesma metodologia do G12 de Castellanos, sendo na prática apenas outra pirâmide com ele no topo ao invés de Castellanos. Portanto, o criador do G12 colombiano, mantém ligação espiritual com os pastores e líderes do movimento em todos os países que têm atuado. Essa ligação, movida a royalties e ofertas aos líderes superiores, tem tornado a igreja de Castellanos e algumas outras que adotaram o modelo G12 ou seus respectivos clones, muito ricas. Nota-se, tanto pelos congressos organizados, como pelos sites e pelos investimentos em revistas e marketing nas Américas e no continente Europeu. Caso queira conhecer um pouco mais, visite os sites abaixo: http://www.g12harvest.org/ (G12 na Europa) http://www.visiong12.com/ (A Visão do G12) http://www.mci12.com/ (MCI de Castellanos) http://www.mir.org.br/ (MIR de René Terranova)

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