LIÇÃO 5, UM HOMEM DE DEUS EM DEPRESSÃO LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2013 - Tema: Elias e Eliseu um Ministério de Poder para toda a Igreja.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Segunda - Tg 5.18 Elias, um homem spiritual
Terça - Tg 5.17 Elias, um homem sentimental
Quarta - 1 Rs 19.3 Elias, um homem em fuga
Quinta - 1 Rs 19.4 Elias, um homem em isolamento
Sexta - 1 Rs 19.4,5,6 Elias, um homem em
autocomiseração
Sábado - 1 Rs 19.7 Elias, um homem sob os cuidados
divinos LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 19.2-8 2 Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles. 3 O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço. 4 E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. 5 E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. 6 E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. 7 E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho. 8 Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS. --------------------------------------------- Meus comentários (Ev. Henrique): Elias não teve medo de 850 profetas, por que agora teria medo de uma mulher sem os 850 profetas que trabalhavam para ela? Estavam todos mortos. Elias poderia pedir para descer fogo do céu e queimar a rainha Jezabel, mas isso era contra os princípios dos profetas que não podiam tocar na vida dos reis ou autoridades reais (ungidos de DEUS). Elias deixa seu servo a salvo no território de Judá, além da fronteira com o território vizinho de Israel, onde Acabe e Jezabel não penetrariam - O legítimo servo de DEUS se preocupa com seus discípulos. Todos os servos de DEUS, logo após serem usados por DEUS em grandes milagres, se sentem frustrados por não verem a reação correta do povo diante da presença de DEUS, não sentirem uma real conversão do povo. O que deveria ser óbvio diante de tanto poder e manifestação clara de Sua existência. Enquanto Acabe foi comer e beber Elias foi orar. Essa é a maior diferença entre um homem de DEUS e um homem pouco espiritual ou de espiritualidade nenhuma - o homem de DEUS jejua sempre, estuda a palavra de DEUS sempre, Ora sempre. Elias orou para não chover, agora ora para chover. DEUS faria tudo sem Elias, mas queria que Elias fosse seu intercessor entre ELE e o povo. Um homem de DEUS se coloca no chão diante de DEUS e pede, não exige. DEUS confirma sua oração com sinais, prodígios e maravilhas. Elias falou com o moço para voltar sete vezes, indicando que a oração era insistente, perseverante, com fé. Elias se sentiu agora, sem utilidade para DEUS aqui na terra, pois já havia feito o que precisava fazer e quem não se convertera é porque não queria mesmo se converter. Desejou estar com DEUS para sempre sem ter que enfrentar os inimigos de DEUS e agora dele também, por ter sido o instrumento de DEUS para conversão do povo. Sentia um tremendo cansaço e desânimo, normais a todos os que enfrentam grandes batalhas espirituais. Elias não sentiu desejo de se matar, mas desejo de estar para sempre com DEUS, nos braços do PAI - seu desejo foi cumprido sem ele ter que passar pela morte. Elias estava decepcionado com Acabe e com o povo - ele esperava que Acabe se convertesse totalmente com os milagres realizados por DEUS. Ele correu mais do que os cavalos de Acabe para mostrar mais uma vez a superioridadae de DEUS sobre os deuses. Não adiantou - Acabe continuava submisso a Jezabel que ameaça sua vida. Elias não tinha problema com demônios, não estava doente. Sentia medo de morrer como qualquer homem normal. Qualquer crente que fez missões em algum local que havia perseguições por parte dos descrentes ou ateus sabe o que é ser ameaçado de morte e como isso dá medo. Eu mesmo passei por isso quando fazia missões tanto entre os índios como entre outros de outras cidades onde abri igrejas. Elias subiu para um monte, pois era no monte que era mais forte - DEUS estava mais próximo dele ali - Foi de um monte que enviou fogo para destruir os soldados que o queriam prender - esperava confrontar os enviados da rainha dali - Mal sabia ele que teria ali um encontro real com DEUS. Exemplos de servos de DEUS que desejaram a morte - nunca desejaram se matar, pois estariam desejando pecar - só quem tem direito sobre a vida é DEUS, eles desejavam na verdade é estar com DEUS, assim como Enoque, Moisés e Elias que subiram sem provarem da morte: Jó - Jó 3.11, 13, 20, 21-26; 9.21 Abraão - Moisés - (Nm 11.10-15 Davi - Sl 88.1-5 Elias - 1 Rs 19.4; Tg 5.17 Jeremias - (Jr 20.14-18) Jonas - Jn 4.1-3 JESUS (como homem) - Mt 26.37-38 Paulo - Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Fl 1.21 - Rm 9.1-3; 1 Co 9.15; 2 Co1.8 Sinceramente não vejo Elias como alguém com depressão. Todos os servos de DEUS que são citados como depressivos por psicólogos, na verdade eram legítimos servos de DEUS que entregaram suas vidas a DEUS tão intensamente que desejavam estar com ELE o mais brevemente possível, pois enxergavam além do céu azul que vemos. Eram homens extramamente espirituais que não amavam as coisas materiais, mas as espirituais. Esses homens não podem ser compreendidos pelos amantes do mundo e da sabedoria humana. Raros são aqueles que realmente entregam-se totalmente a DEUS sem amarem o mundo e o que nele há. São os loucos, os depressivos, etc... dos quais o mundo não é digno. os legítimos homens de DEUS não são de conversinhas tolas, não são de rodinhas políticas, não são de piadinhas, não são de banhos coletivos, não são de fofoquinhas. Tudo o que lhes causa prazer e alegria está suprido com a presença de DEUS. Os homens citados acima sentiram o que DEUS sente, amaram o que DEUS ama, choraram o que DEUS chora, se entristeceram pelo que DEUS se entristece. DEUS tratou com todos eles e todos eles descansaram em DEUS, se alegraram em DEUS, estão hoje na presença de DEUS. Salmos 91
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará
Salmos 91:1
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.
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Comentários BEP - CPAD
Em 1 Rs 19.3 ELE [ELIAS], SE LEVANTOU, E, PARA ESCAPAR COM VIDA, SE FOI.
À expressão da fé de Elias, e às suas vitórias sobrenaturais, no cap. 18, seguiram-se o medo, a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando do propósito de Jezabel de destruir a vida do profeta (v. 2).
(1) Posto que Elias não recebera nenhuma mensagem do Senhor para permanecer em Jezreel, sua presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (cf. 18.1). Seguiu então para o monte Horebe (i.e., o monte Sinai).
(2) A retirada forçada de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que "por causa da justiça" (ver Mt 5.10) são maltratados e forçados a andar errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.37,38). De maneira semelhante a Elias, há profetas que tiveram de deixar suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos; professores, as suas salas de aula; e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o pecado, por falarem segundo a Palavra de DEUS, e seguirem o caminho da justiça, por amor do nome de DEUS. Grande é o seu galardão no céu (Mt 5.10-12).
Salmos 91:1
Em 1 Rs 19.4 TOMA AGORA A MINHA VIDA. Elias tomado de cansaço, desânimo, tristeza, orou pedindo a DEUS que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial. (1) Os sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do (a) apóstolo Paulo, quando afirmou ter "desejo de partir e estar com CRISTO" (Fp 1.23), ou (b) dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; ver também Moisés, em Nm 11.15). (2) Algumas das razões de estar Elias profundamente desanimado. (a) Aparente fracasso: ele esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo de Jezabel; mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso, conforme parecia (vv. 1-4). (b) Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela verdade e justiça de DEUS (v. 10; cf. Paulo, 2 Tm 4.16). (c) Exaustão física depois de uma longa e árdua viagem (vv. 3,4; 18.46).
Em 1 Rs 19.5 UM ANJO O TOCOU. DEUS cuidou do desalentado Elias de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15). (1) Permitiu que Elias dormisse (vv. 5,6). (2) Fortaleceu-o com alimentos (vv. 5-7). (3) Propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu poder e presença (vv. 11-13). (4) Concedeu-lhe nova revelação e orientação (vv. 15-18). (5) Deu-lhe um companheiro fiel e fraterno (vv. 16,19-21). Noutras palavras, quando o filho de DEUS enfrenta o desânimo, no desempenho que DEUS lhe confiou, ele pode suplicar a DEUS, em nome de CRISTO, que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25).
Em 1 Rs 19.8 QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES. Alguns consideram o jejum aqui mencionado, bem como o de Moisés (Êx 34.28) e o de JESUS (Mt 4.2), como casos de jejuns prolongados. Porém, os casos acima não são de jejum no sentido comum. Moisés, na presença de DEUS e envolvido na nuvem, foi sustentado de modo sobrenatural. Elias foi alimentado duas vezes de modo sobrenatural, o que lhe propiciou forças durante quarenta dias (vv. 6-8). JESUS foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto, e não sentiu fome a não ser depois de quarenta dias (ver Mt 4.2; 6.16).
Depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais freqüente do que se imaginava. Estudos recentes mostram que 10% a 25% das pessoas que procuram os clínicos gerais apresentam sintomas dessa enfermidade. Essas porcentagens são semelhantes ao número de casos de hipertensão e infecções respiratórias que os clínicos atendem em seus serviços. Ao contrário dessas doenças, entretanto, eles não costumam estar preparados para reconhecer e tratar depressões.
Para caracterizar o diagnóstico de depressão, foi criada a tabela de abaixo. Nela, cinco ou mais dos sintomas relacionados devem estar presentes. Dentre eles, um é obrigatório: estado deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias, há pelo menos duas semanas.
Critérios para diagnóstico de depressão
(Segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição).
1· Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
2· Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
3· Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
4· Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
5· Fadiga ou perda de energia;
6· Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
7· Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
8· Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
9· Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos;
1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedônia;
2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.
Os sintomas da depressão interferem drasticamente com a qualidade de vida e estão associados a altos custos sociais: perda de dias no trabalho, atendimento médico, medicamentos e suicídio. Pelo menos 60% das pessoas que se suicidam apresentam sintomas característicos da doença.
Embora possa começar em qualquer idade, a maioria dos casos tem seu início entre os 20 e os 40 anos. Tipicamente, os sintomas se desenvolvem no decorrer de dias ou semanas e, se não forem tratados, podem durar de seis meses a dois anos. Passado esse período, a maioria dos pacientes retorna à vida normal. No entanto, em 25% das vezes a doença se torna crônica.
Fatores de risco para depressão
· História familiar de depressão;
· Sexo feminino;
· Idade mais avançada;
· Episódios anteriores de depressão;
· Parto recente;
· Acontecimentos estressantes;
· Dependência de droga.
O número de casos entre mulheres é o dobro dos homens. Não se sabe se a diferença é devida a pressões sociais, diferenças psicológicas ou ambas. A vulnerabilidade feminina é maior no período pós-parto: cerca de 15% das mulheres relatam sintomas de depressão nos seis meses que se seguem ao nascimento de um filho.
A doença é recorrente. Os que já tiveram um episódio de depressão no passado correm 50% de risco de repeti-lo. Se já ocorreram dois, a probabilidade de recidiva pode chegar a 90%; e se tiverem sido três episódios, a probabilidade de acontecer o quarto ultrapassa 90%.
Como é sabido, quadros de depressão podem ser disparados por problemas psicossociais como a perda de uma pessoa querida, do emprego ou o final de uma relação amorosa. No entanto, até um terço dos casos estão associados a condições médicas como câncer, dores crônicas, doença coronariana, diabetes, epilepsia, infecção pelo HIV, doença de Parkinson, derrame cerebral, doenças da tireóide e outras.
Diversos medicamentos de uso continuado podem provocar quadros depressivos. Entre eles estão os anti-hipertensivos, as anfetaminas (incluídas em diversas fórmulas para controlar o apetite), os benzodiazepínicos, as drogas para tratamento de gastrites e úlceras (cimetidina e ranitidina), os contraceptivos orais, cocaína, álcool, antiinflamatórios e derivados da cortisona.
A maioria dos autores concorda que a psicoterapia pode controlar casos leves ou moderados de depressão. O método oferece a vantagem teórica de não empregar medicamentos e diminuir o risco de recidiva do quadro, desde que a pessoa aprenda a reconhecer e lidar com os problemas que a conduziram a ele. A grande desvantagem, no entanto, está na lentidão e imprevisibilidade da resposta. A psicoterapia não deve ser indicada como tratamento exclusivo nos casos graves.
Embora reconheçam os benefícios da psicoterapia, a maioria dos autores admite que a tendência moderna é empregar medicamentos para tratar quadros depressivos. O plano terapêutico deve compreender três fases:
1) Fase aguda: Dura seis a doze semanas, e tem o objetivo de fazer regredir os sinais e sintomas da doença. Cerca de 70% dos pacientes responde a esta fase. Quando não ocorre resposta, o diagnóstico de depressão precisa ser reavaliado e, se houver confirmação, o esquema de tratamento modificado.
2) Fase de continuidade: Nela, a medicação deve ser mantida em doses plenas por quatro a nove meses, contados a partir do desaparecimento dos sintomas, com o objetivo de evitar recidivas. A descontinuação prematura aumenta o risco de recidiva em 20% a 40%.
3) Fase de manutenção: Não tem duração definida (pode ser mantida por muitos anos). Está indicada apenas nos casos de depressão grave, com alto risco de recidiva ou idéias dominantes de suicídio. Deve ser considerada nas pessoas que tiveram três ou mais episódios de depressão, ou dois episódios mais história familiar de depressão recidivante, instalação dos sintomas antes dos 20 anos de idade ou em qualquer caso com risco de morte.
Quem começa um tratamento desses deve ser alertado para o fato de que os benefícios podem não ser aparentes nas primeiras duas a quatro semanas. Nessa fase, em que alguns experimentam os efeitos colaterais dos medicamentos sem notar melhora, muitos desistem do tratamento.
Muitos portadores de depressão não se dispõem a fazer psicoterapia nem a tomar remédio. Esses devem praticar exercício físico com regularidade (melhora o humor e a auto-imagem) e aumentar o número de atividades diárias capazes de lhes dar prazer. Precisam estar cientes, porém, de que depressão é doença potencialmente grave, recidivante, capaz de evoluir independentemente do controle voluntário.
Depressão na infância e adolescência
Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na mesma família, que se manifesta não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes. Qualquer criança ou adolescente pode ficar triste, mas o que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar.
Em pelo menos 20% dos pacientes com depressão instalada na infância ou adolescência, existe risco de surgirem distúrbios bipolares, nos quais fases de depressão se alternam com outras de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora, diminuição da necessidade de sono, idéias de grandeza e comportamentos de risco.
Antes da puberdade, o risco de apresentar depressão é o mesmo para meninos ou meninas. Mais tarde, ele se torna duas vezes maior no sexo feminino. A prevalência da enfermidade é alta: depressão está presente em 1% das crianças e em 5% dos adolescentes.
Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais comum entre portadores de doenças crônicas como diabetes, epilepsia ou depois de acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais ou violência sofrida na primeira infância também aumenta o risco.
É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas.
Os estudos mostram que 60% desses pacientes respondem ao tratamento. Esses medicamentos apresentam menos efeitos colaterais e risco de complicações por overdose menor do que outras classes de antidepressivos. A recomendação é iniciar o esquema com 50% da dose e depois ajustá-la no decorrer de três semanas de acordo com a resposta e os efeitos colaterais. Obtida a resposta clínica, o tratamento deve ser mantido por seis meses, no mínimo, para evitar recaídas.
A terapia comportamental mostrou eficácia em ensaios clínicos, e parece dar resultados melhores do que outras formas de psicoterapia. Através dela os especialistas procuram ensinar aos pacientes como encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar relações interpessoais, identificar e modificar padrões cognitivos que conduzem à depressão.
Outro tipo de psicoterapia eficaz em ensaios clínicos é conhecida como terapia interpessoal. Nela, os pacientes aprendem a lidar com dificuldades pessoais como a perda de relacionamentos, as decepções e frustrações da vida cotidiana. O tratamento psicoterápico deve ser mantido por seis meses, no mínimo.
Como o abuso de drogas psicoativas e suicídio são conseqüências possíveis de quadros depressivos, os familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços especializados assim que surgirem os primeiros indícios de que os problemas da depressão possam estar presentes.
Depressão: doença que precisa de tratamento (Ricardo Moreno - médico psiquiatra e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo).
Depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento. Cerca de 18% das pessoas vão apresentar depressão em algum período da vida. Quando o quadro se instala, se não for tratado convenientemente, costuma levar vários meses para desaparecer. É também uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%.
A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos que agem na condução dos estímulos através dos neurônios que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e correntes elétricas. Essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos.
Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro.
Diferença entre tristeza e depressão
Dráuzio – Vamos começar pela pergunta clássica: qual a diferença entre tristeza e depressão?
R. Moreno - Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.
Possibilidades de prevenção
Dráuzio – O que se pode fazer neste mundo moderno para não cair em depressão?
R. Moreno – A primeira coisa é apelar para o bom-senso. Não há uma receita básica , mas todos podemos contar com o bom-senso para conseguir uma qualidade de vida satisfatória. Depois, é preciso desenvolver a capacidade de enfrentar e resolver problemas, dificuldades e conflitos. Tanto isso é possível que apenas 18% da população apresenta quadros depressivos ao longo da vida. Problemas todos temos. É necessário, dentro das possibilidades, aprender a lidar com eles e a não deixar que nos abalem demais. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, nossa lição trata de uma das doenças mais perniciosas de nossos dias, a depressão. Tendo como base a vida do profeta Elias, o comentarista discorre a respeito do assunto. Leia atentamente toda a história do profeta e grife os textos que assinalam suas grandes realizações espirituais, mas também suas fraquezas tal qual encontramos em Tg 5.17,18. Apresente aos alunos uma tabela com as seguintes características dos crentes esgotados: apatia, ira, ressentimento, vulnerabilidade às doenças, desilusões, antipatia, mau humor, agressividade, isolamento, intolerância e aversão aos outros. Algumas delas também estiveram presentes no profeta. Incremente o gráfico conforme suas anotações a respeito do porta-voz divino, Elias. A despeito de alguns pensarem que o crente jamais se deprime, a própria Bíblia menciona diversos casos de servos de DEUS que passaram por severas crises dessa doença, que se mostra cada vez mais ativa nesses últimos tempos. Como enfrentá-la? Quais são suas causas? É sobre esse importante assunto que iremos estudar nesta lição. Elias soube dizer à viúva: "Não temas", mas não soube dizer a si mesmo as mesmas palavras de fé. Assim é a vida de um servo de DEUS, não é infalível e nem um super-homem, às vezes passa por momentos mais angustiantes que os demais, mesmo tendo sido usado grandiosamente por DEUS:
Depressão de Elias. Tabela com as características dos crentes esgotados: | Vitórias na vida de Elias | Resumo da vida de Elias: | |
Apatia | Sua aparição não anunciada ante o idólatra rei Acabe a fim de anunciar uma prolongada seca, 1Rs 17:1 |
Três vezes alimentado por provisão divina: Por corvos, 1Rs 17:6. Pela despensa da viúva, que milagrosamente aumentava, 1Rs 17:15. Por um anjo, 1Rs 19:5-8. |
Os milagres realizados por Elias:
|
Ira | Foi sustentado com alimento trazido por corvos, 1Rs 17:2-6 | Reformista valente, 1Rs 18:17-40. | Faz que não chova, 1Rs 17:1; Tg 5:17. |
Ressentimento | Elias, por meio de grande esforço, em oração, trazer o menino de volta à vida, 1Rs 17:17-24. | Repreendeu reis, 1Rs 21:20; 2Rs 1:16. | Multiplica a farinha e o azeite, 1Rs 17:14. |
Vulnerabilidade Às Doenças | No monte Carmelo, 1Rs 18:20-40. Depois da oração de Elias, o fogo divino desce e consome o sacrifício, v. 30-38 | Poderoso na oração, 1Rs 17:20-22; 18:36-38; Tg 5:17. | Ressuscita um menino, 1Rs 17:22. |
Desilusões | O fim da seca. A oração de Elias pela chuva. O profeta corre adiante do rei até Jezreel, 1Rs 18:41-46. | Deixou-se desencorajar, em certa ocasião, 1Rs 19:3,4. | Consome o holocausto, 1Rs 18:38. |
Antipatia | Alimentado por um anjo e continua seu caminho até o monte Horebe, 1Rs 19:1-8. | Não era infalível ao julgar, 1Rs 19:14,18. | Consome pelo fogo os capitães e seus homens, 2Rs 1:10. |
Mau Humor | Elias pronuncia sentença sobre o malvado rei e sua esposa, 1Rs 21:17-24. | Faz que chova de novo, 1Rs 18:41. | |
Agressividade | O rei envia duas companhias de soldados para capturar o profeta, mas Elias pede fogo do céu e destrói-as, 2Rs 1:1-12. | Divide as águas do Jordão, 2Rs 2:8. | |
Isolamento | Acompanhado por Eliseu, viaja através do país até chegar ao rio Jordão, onde Elias golpeia as águas com seu manto, e ambos o cruzam em terra seca. | ||
Intolerância | Enquanto conversam, Eliseu formula seu pedido de despedida. Subitamente, um carro de fogo separa os dois amigos, e Elias é levado por um redemoinho ao céu, 2Rs 2:1-11. | ||
Aversão Aos Outros | No monte da Transfiguração. Elias reaparece com Moisés e conversa com CRISTO, Mt 17:3. | ELIAS, o profeta: Referências gerais: 1Rs 17:1,15,23; 18:21; 19:5,19; 21:17; 2Rs 1:3,10; 2:11; 2Cr 21:12; Ml 4:5; Mt 17:3; Lc 4:26; 9:54; Tg 5:17. |
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